No décimo segundo dia dos 21 Dias de Ativismo pela Eliminação da Violência contra a Mulher, quero compartilhar uma verdade que não é apenas social, mas também pessoal: amor não fere, não machuca, não mata.

Já vivi na pele o peso de um relacionamento abusivo. Confiei, acreditei, amei e dei várias chances, mas a pessoa nunca mudou. Durante muito tempo, alimentei a esperança de que as coisas seriam diferentes, até que compreendi que o amor verdadeiro jamais destrói, mas edifica. Graças a Deus e à minha força de vontade, consegui romper esse ciclo e seguir em frente. Hoje, invisto minha energia em meu trabalho, projetos e, sobretudo, em mim mesma.

Quero ressaltar algo que aprendi com essa experiência: para dar a volta por cima, você não precisa se relacionar com outra pessoa; precisa apenas se amar e resgatar o seu amor próprio.

Quando o Amor É Substituído pelo Abuso

A violência em um relacionamento pode se manifestar de muitas formas:

1. Violência Física: Visível, mas não a única, ela inclui empurrões, tapas e agressões graves.
2. Violência Psicológica: Palavras que machucam, ameaças e manipulação emocional.
3. Violência Sexual: Ato sexual sem consentimento, mesmo em relacionamentos estáveis.
4. Violência Patrimonial: Controle financeiro e destruição de bens da vítima.

Esses comportamentos não refletem amor, mas sim abuso. Relacionamentos saudáveis são baseados em respeito, liberdade e apoio mútuo.

Dados Alarmantes

No Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cerca de 30% das mulheres vítimas de feminicídio foram assassinadas por parceiros ou ex-parceiros. Esse dado destaca a gravidade de ignorar os sinais de abuso e a necessidade de agir rapidamente para proteger vidas.

Superação e Amor Próprio

Superar um relacionamento abusivo é uma jornada de autoconhecimento e resiliência. Muitas vezes, a saída começa com pequenos passos: reconhecer os sinais, buscar apoio e, principalmente, investir em si mesma. É um caminho difícil, mas libertador.

Quero reforçar que o amor próprio é a base de tudo. Não permita que a falta de respeito ou violência sejam parte da sua vida. Se você está em um relacionamento abusivo, saiba que existe saída e que você não está sozinha.

Conclusão

Amor não fere, não machuca, não mata. Ele cura, acolhe e transforma. Compartilho minha experiência para dizer que é possível superar e reconstruir uma vida com dignidade e amor próprio. Neste dia de ativismo, lembremos que cada mulher merece viver em segurança, respeitada e livre de violência. Acredite: você pode dar a volta por cima e reencontrar sua felicidade.