A cada ano, os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher nos convocam a refletir, conscientizar e agir. Este movimento global é mais do que uma campanha; é uma luta urgente pela dignidade, respeito e segurança de milhões de mulheres que enfrentam, todos os dias, as mais diversas formas de violência.
Infelizmente, a violência contra a mulher é uma realidade que atravessa fronteiras geográficas, sociais e culturais. No Brasil, os números são alarmantes: segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas. Por trás dessas estatísticas, há vidas interrompidas, famílias destruídas e um futuro roubado de quem sonhava com liberdade e igualdade.
Mas qual o papel de cada um de nós nessa luta?
A conscientização é o primeiro passo. Muitas vezes, a violência não é física, mas psicológica, patrimonial, sexual ou moral. Reconhecer esses tipos de agressão e entender seus impactos é essencial para quebrar o ciclo de silêncio que perpetua a dor.
Além disso, a sociedade precisa ser educada sobre a importância de romper com estereótipos de gênero que normalizam comportamentos abusivos. Essa mudança começa nas escolas, nos lares, nas igrejas e em cada espaço de convivência social. A educação é uma arma poderosa contra a violência.
Como cristã, acredito que a fé também tem um papel transformador. A Bíblia nos chama a amar e cuidar uns dos outros, a respeitar a dignidade humana e a sermos instrumentos de justiça. A igreja pode e deve ser um lugar de acolhimento, apoio e incentivo à denúncia, além de atuar como uma voz firme contra qualquer tipo de violência.
Os 21 Dias de Ativismo são uma oportunidade de unir forças, ouvir as vítimas, apoiar políticas públicas eficazes e criar uma cultura de não tolerância à violência. Essa jornada não se limita a discursos ou campanhas; é um chamado para ações concretas que salvam vidas e constroem uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.
Junte-se a esta causa. Faça sua parte. Denuncie, apoie e promova a igualdade. Porque nenhuma mulher merece viver com medo. E um mundo sem violência começa com cada um de nós.
"Deus é refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia." (Salmos 46:1)
Que sejamos, em Deus, instrumentos de paz e transformação.